O arquétipo do Olho
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  • Foto do escritorPat Estúdio
    • 18 de mar.
    • 3 min para ler

O arquétipo do Olho

O olho é o órgão do corpo humano capaz de detectar a luz e transformar essa percepção em impulsos elétricos. O olho é visto como o elo entre o mundo interior e o exterior e é considerado um símbolo da percepção intelectual, da visão ampla, do conhecimento, também relacionado a penetração, vigilância, divindade, sabedoria e onipresença.


arquétipo do carvalho

Segundo a filosofia hindu, os dois olhos são identificados como os dois luzeiros, ou seja, o sol e a lua. O olho direito representando o sol traz o aspecto da atividade e tem relação com o futuro. Já o esquerdo, está ligado à lua e remete a passividade e ao passado.


O interessante é que ambos, direito e esquerdo, não criam dualidade e sim trazem em sua complementaridade a percepção unitiva, função do terceiro olho ou olho de Shiva.


O terceiro olho é o olho frontal, responsável pela intuição, considerada o nosso sexto sentido. Ele indica uma condição sobre-humana, aquela em que a clarividência atinge o grau de perfeição. O terceiro olho também é conhecido como o olho da sabedoria ou olho do Dharma para os budistas.


A visão sempre fascinou todas as culturas e civilizações ao redor do planeta. Muitas doutrinas entendem que ele é capaz de liberar energias positivas e negativas, por conta disso, existe um misticismo muito grande envolvendo esse símbolo que fica evidente em vários momentos da história e em diferentes culturas.


Olho de Hórus, também conhecido como Udyat, é um símbolo egípcio antigo e que possui diferentes interpretações. Existe uma lenda, contando que em uma batalha no Antigo Egito, o deus Seth arrancou o olho esquerdo de Hórus, único filho de deusa Ísis com o deus Osíris. Foi então que Toth, deus da sabedoria e da magia, reconstruiu o olho que havia sido dividido em seis partes, e o entregou de volta a Hórus.


A partir desse momento, o olho de Hórus tornou-se um amuleto, um símbolo de totalidade, visão, abundância e fertilidade. Atualmente, o Olho de Hórus também é utilizado como símbolo de poder e proteção contra a inveja e o mau-olhado e é bastante comum em tatuagens e na forma de pingentes.


O arquétipo do olho também está representado no chamado Olho da Providência ou o Olho Que Tudo Vê, simbolizando o olho de Deus, soberano, que observa e vigia a humanidade. A figura do olho vem normalmente dentro de um triângulo, remetendo à Santíssima Trindade e envolto por raios associados à glória divina.


O Olho que Tudo Vê também pode ser visto dentro do Hamsá, ou Mão de Fátima, que é um símbolo religioso islâmico que tem o formato de mão. O símbolo teria aparecido pela primeira vez no período da Renascença, em meados do ano de 1500 numa pintura chamada A Ceia em Emaús.


O olho também está presente de forma mística na região da Grécia e Turquia, onde é conhecido como Olho Grego ou Olho Turco. O Olho Grego foi encontrado pela primeira vez durante uma escavação na região da antiga Mesopotâmia por volta de 3.300 A.C..


Ele é um símbolo de sorte e um talismã, que também afasta a inveja e o mau-olhado, absorvendo as energias negativas de pessoas ou lugares. Estudos mostram que sua eficiência em repelir as energias negativas se dá por conta da sua cor azul, por ser a cor do céu, remetendo a tranquilidade e sensação de paz de espírito.


O arquétipo do olho está também na tradição maçônica, onde simboliza três aspectos: no plano físico o sol visível, que origina a vida e emana a luz; no plano astral ele representa o verbo, o princípio criador e, no plano espiritual ou divino ele é o Grande Arquiteto do Universo.


Presente em muitas filosofias e culturas o olho tem uma forte energia de conexão espiritual e traz consigo muitos significados. É, sem sombra de dúvida, um arquétipo muito abrangente e capaz de mexer profundamente com a psique humana.


Esperamos que este conteúdo tenha te ajudado a entender melhor a simbologia e representatividade desse arquétipo. Siga acompanhando nossos posts para aprender ainda mais sobre essa incrível ferramenta de marketing.


Arquétipos e símbolos podem ser muito bem aplicados como ferramentas e estratégias de marketing, mas isso exige estudo e prudência em sua aplicação. Eles têm uma profundidade muito ampla no inconsciente coletivo e precisam ser bem pensados e direcionados.


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